quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Males e bens de mãos juntas

Crise, crise, crise e mais crise! Esta é a palavra mais pronunciada, escrita, ouvida e debatida, nos dias de hoje, no país e no mundo. A verdade é que a denominada crise sempre existiu para muitas pessoas. Outras nunca conheceram, realmente, o seu significado.

Batatas, couves, cebolas, cabaças, courgettes, maçãs, uvas, figos, castanhas,... alimentos que saem da terra directamente para as casas daqueles que os cultivam. Assim ocorre quando uma família faz uma pequena plantação agrícola para consumo próprio e não para venda. Uma prática mais frequente nas aldeias e zonas rurais. Albertina é um dos retratos das portuguesas que desde sempre trabalharam nos campos.

Muitas famílias produzem a sua subsistência


Desde que se lembra, Albertina vê-se a trabalhar a terra. Nasceu, cresceu e casou por terras do concelho de Arouca, região tradicional e agrícola. Em conversa com os mais idosos - ou melhor, com pessoas mais experientes - é habitual ouvir-se "difíceis eram os tempos antigos". Já os mais novos confirmam que não saberiam viver sem luz, dinheiro, brinquedos, telemóveis e/ou outros luxos.

"Há males que vem por bem e bens que vem por mal", assim ditam os populares. Outrora, a fome era uma ameaça combatida pelas produções familiares. Hoje, o país e o mundo depara-se com outro mal: o desemprego e suas consequências (redução dos rendimentos familiares e da qualidade de vida, aumento da pobreza, etc.). O fosso entre pobres e ricos cresce a par deste problema actual e a questão é: «O que fazer?».

Com o desemprego a ameaçar várias famílias, a poupança começa a ser discutida. Afinal, quem poupa mais e como aprender a reduzir gastos?